Cap. 292
Augustus, padre Westwood, Lua da Raposa e um relutante doutor William deixam a cabana.
Lua guia o grupo: — Venham, vamos passar na tenda de meu filho e depois na de Chuva Quente antes de irmos para a cachoeira.
Westwood: — Por que eu tenho que ir?
Augustus: — É um enterro, você é padre.
Westwood, preocupado: — Mas ela não era caótica, era?
Augustus: — Não, mas eu sou caTólico e gostaria de um padre nesse momento.
Augustus sabe que Westwood não é um padre verdadeiro, mas, para um enterro sem corpo, em um cemitério sem túmulos de um povo sem igrejas, está de bom tamanho.
William protesta: — E por que eu preciso ir também?
Lua da Raposa: — Porque quero encontrar meu neto vivo e minhas garrafas cheias quando voltar.
Falando em garrafas, Sapo Gordo sai de sua tenda e, intrigado, vê Cedro Vermelho em pé na entrada da tenda de Chuva Quente.
Ele vai até o amigo e para. Ambos se olham, se cumprimentam silenciosamente e ficam ali, parados, sem trocar qualquer palavra.
Cedro sente as perguntas de Sapo Gordo na respiração do xamã. Ele sabe que não tem como fugir da conversa e resolve explicar tudo de uma vez:
— Decidi viver com Chuva Quente.
Sapo Gordo sente como se estivesse engolindo um bisão a seco:
— Pelo Grande Espírito! O que você bebeu na minha tenda depois que eu desmaiei?
Cedro Vermelho: — É a coisa certa a fazer. É o que devia ter feito muito tempo atrás.
Sapo: — É o que você quer fazer?
Cedro, surpreendentemente convicto: — Sim.
Sapo, incrédulo: — Mesmo?
Cedro: — Sim!
Sapo: — Então você tem todo o meu apoio. Você é como um irmão para mim e quero sua felicidade.
Cedro: — Você matou seus dois irmãos.
Sapo: — E, com certeza, eles tiveram um fim melhor você terá.
Os dois riem e se abraçam, mas os sorrisos terminam quando Chuva Quente sai da tenda ao mesmo tempo em que Lua da Raposa se aproxima.
Sapo Gordo sussurra para Cedro Vermelho: — Como eu disse, você é meu irmão. Quer que eu te mate agora?
Cedro pondera: — Talvez.